Voto não é obrigatório
Um ponto-chave das eleições para presidente dos Estados Unidos é o fato de que o voto não é obrigatório. As taxas de comparecimento são baixas. "A taxa em 2008 foi a mais alta desde 1956, cerca de 64% dos habilitados a votar compareceram
Um ponto-chave das eleições para presidente dos Estados Unidos é o fato de que o voto não é obrigatório. As taxas de comparecimento são baixas. "A taxa em 2008 foi a mais alta desde 1956, cerca de 64% dos habilitados a votar compareceram
Diferentemente do sistema brasileiro, quando o eleitor americano vota em
um candidato ele escolhe, na verdade, um colégio eleitoral dentro de seu
estado, composto por delegados, que só então elegerá o presidente. Em todo o
país, o colégio eleitoral reúne 538 delegados, de 50 estados e do distrito de
Columbia, onde fica a capital Washington.
O censo populacional define a quantos representantes cada estado tem
direito – quanto maior a população, maior o número de delegados.
Estados menos populosos têm
direito a, no mínimo, três delegados, o que ocorre atualmente em oito deles. As
unidades com mais moradores possuem mais representantes. No caso da Califórnia,
por exemplo, são 55 delegados. A Flórida tem 29, e o Texas, 38.
Para vencer a
disputa, o candidato à presidência precisa ter o voto de 270 delegados no país. O sistema tem origem na fundação dos Estados
Unidos, quando ainda havia estados com escravos. "O colégio eleitoral leva
em conta o fato de que os estados existiam antes do país. Em muitas maneiras,
ele não é democrático, mas quando a Constituição foi escrita não havia
comandantes eleitos por voto popular em nenhum lugar do mundo, não havia nenhum
modelo de democracia", explica Sandy Maisel, titular da cadeira William R.
Kenan Jr. do Departamento de Governo de Colby College
Flórida, Ohio, Pensilvânia e Colorado são alguns
dos estados que recebem maior atenção dos candidatos à presidência dos Estados
Unidos Em uma eleição
indireta, como a americana, a vitória dentro de cada um dos estados é que
importa, e o desempenho nessas unidades da federação pode decidir quem será o
futuro presidente.
cédula de votação
A polarização entre apenas dois partidos faz com
que existam nos Estados Unidos regiões tradicionalmente democratas e outras
republicanas, que não costumam gerar muita dor de cabeça aos candidatos. Nos
chamados "swing states", no entanto, o resultado é imprevisível, e a
vitória nessas regiões costuma decidir quem ficará na Casa Branca pelos
próximos quatro anos.
Na maior parte dos estados, a votação ocorre no
modelo chamado "the winner takes it all" (o vencedor leva tudo): o
partido do candidato com mais votos populares no estado leva todos os
representantes do colégio eleitoral destinados àquele estado para a votação
direta. Assim, um candidato que receber 40% dos votos da população em um estado
não terá nenhum peso na votação nacional se seu opositor conseguir mais de 50%
dos votos. )
Por que a
eleição é sempre na terça-feira?
A terça-feira após a primeira segunda-feira de novembro é a data oficial das eleições americanas desde 1845. Em meados do século 19, os Estados Unidos eram uma nação agrária, e os fazendeiros precisavam de muito tempo para ir aos locais de votação.
Sábado era dia de trabalho, domingo era dia de descanso obrigatório, quarta-feira era dia de mercado. Com isso, a escolha para a votação foi a terça-feira
trechos do discurso de Barack Obama‘
"Hoje, mais de 200 anos depois que uma ex-colônia conseguiu o direito de determinar seu próprio destino, a tarefa de aperfeiçoar nossa união avança.
Avança por sua causa. Avança porque você reafirmou o espírito que triunfou sobre a guerra e
A terça-feira após a primeira segunda-feira de novembro é a data oficial das eleições americanas desde 1845. Em meados do século 19, os Estados Unidos eram uma nação agrária, e os fazendeiros precisavam de muito tempo para ir aos locais de votação.
Sábado era dia de trabalho, domingo era dia de descanso obrigatório, quarta-feira era dia de mercado. Com isso, a escolha para a votação foi a terça-feira
trechos do discurso de Barack Obama‘
"Hoje, mais de 200 anos depois que uma ex-colônia conseguiu o direito de determinar seu próprio destino, a tarefa de aperfeiçoar nossa união avança.
Avança por sua causa. Avança porque você reafirmou o espírito que triunfou sobre a guerra e
a depressão, o espírito que ergueu este país das profundezas do desespero para a elevada esperança, a crença de que enquanto cada um de nós persegue nossos sonhos, somos uma família americana e caímos e levantamos juntos, como uma nação, como um povo.
O papel dos cidadãos na nossa democracia não
termina com o voto. Na América, nunca pensamos em quais coisas podem ser feitas
para nós, mas sim no que nós podemos fazer juntos, por meio de trabalho duro,
mas necessário, de autogoverno. Esse é o princípio sobre o qual estamos
construídos. Sempre acreditei que a esperança é aquela teimosia dentro de nós
mesmos que insiste, apesar de tudo dizer o contrário, que algo melhor sempre
nos aguarda enquanto tivermos a coragem para continuar buscando, trabalhando,
lutando"
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